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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Ultimatum

Ultimatum
(lido pela Maria Bethania no show)

ULTIMATUM

"Fora tu,
reles
esnobe
plebeu
E tu, imperialista das sucatas
Charlatão da sinceridade
E tu, qualquer outro
Ultimatum a todos eles
E a todos que sejam como eles
Todos

Monte de tijolos com pretensões a casa
Inútil luxo, megalomania triunfante
E tu, Brasil, blague de Pedro Álvares Cabral
Que nem te queria descobrir

Ultimatum a vós que confundis o humano com o popular
Que confundis tudo
Vós, anarquistas deveras sinceros
Socialistas a invocar a sua qualidade de trabalhador
Para quererem deixar de trabalhar
Sim, todos vós que representais o mundo
Homens altos
Passai por baixo do meu desprezo
Passai aristocratas de tanga de ouro
Frouxos
Passai radicais do pouco
Quem acredita neles?
Mandem isso tudo para casa
Descascar batatas simbólicas

Fechem-me tudo isso a chave
E deitem a chave fora
Sufoco de ter só isso a minha volta
Deixem-me respirar
Abram todas as janelas
Abram mais as janelas
Do que todas as janelas que há no mundo

Nenhuma idéia grande
Nenhuma corrente política
Que soe a uma idéia grão
E tu, Brasil...
O mundo quer a inteligência nova
O mundo tem sede de que se crie
Porque aí está o apodrecer da vida
Quando muito é estrume para o futuro
O que aí está não pode durar
Porque não é nada

Eu da raça dos navegadores
Afirmo que não pode durar
Eu da raça dos descobridores
Desprezo o que seja menos
Que descobrir um mundo novo

Proclamo isso bem alto
Braços erguidos
Fitando o Atlântico
E saudando abstractamente o infinito."
Alvaro de Campos

Encontro com a cadeira e Francisco.

Em uma manhã como outra estava trabalhando com meu pai na praça do liceu vendendo tapioca e avistei um homem numa cadeira de rodas achei bonito ve-lo passear sozinho pela praça, imaginei que seu problema não fosse grave, mas a cadeira não parecia está alí de emproviso, parecia ser uma cadeira cara e definitiva com uma cor azul bem viva, odeservei de longe e lembrei da minha tia que é deficiente, me veio a lembrança de que as vezes eu me imaginava deficiente pra saber como era, meu pai me chamou e me pediu para ir comprer uma agua pra o homem de cadeira de rodas, foi a compra mais prazerosa que ja fiz naquela padaria, voltei entreguei ao o homem e ele agradeceu, logo em seguida sumiu, não vi pra qual direção ele foi.
No dia seguinte na mesma hora eu avistei o homem, e fiquei obeservando do banco o qual eu estva sentado, ele chegou, entrou na quadra de esporte com uma bola de basquete no colo, e começou a jogar na sesta de basquete sozinho, quando jogava a bola caia longe e ele tinha q ir buscar, um rapaz que ia passando pegou uma vez, mas das outras vezes ele pegava com uma abilidade de nao parar a cdeirae se abaixar, reslvi me aproximar, perguntei se ele ia querer água hoje, ele respondeu que sim, e eu fui comprar, quando voltei entrei na quadra ele perguntou se eu nao queria jogar a bola, eu disse que não conseguia, ele bebendo agua disse que era facio, de repente a conversa surgiu e não parou mais.
O jovem Francisco de 35 anos havia perdido os movimentos das pernas a 8 anos, aos 27 anos em um acidente no trabalho o qual ele preferiu não comentar, parecia doloriso demais para sair de sua boca, seu olhos brilhavam olhando pra mim e contando que nas primeiras semanas também havia perdido o movimento dos braços, e que precisava de alguem para tudo, até para sua igiene, mas com uma cirurgia recuperou os movimentos dos braços, porém era pouco para alguem que atravessava uma piscina de 50 metros por baixo d'agua sem respirar, alguem que capinava um quintal inteiro, que não tinha dia ruim prara trabalho, topava de tudo, brincava era um jovem ativo, e seu objetivo era voltar a ter seus movimentos das pernas, tentava mecher o dedão, tentava ficar em pé e caia, tentava caminhar, porém era impulsivel, mas a noite o sonho o realizava, e ele se via caminhando, correndo por onde ele ja havia passado, fazendo o que ele tanto fazia com tanta naturalidade, mas o sol sempre interropia, e só ficava a ansiedade da noite, com o tempo ele viu que não não tinha mais esperança, que os médicos falaram que tinha esperança para ele se conformar aos poucos, já não se via mais em pé nos sonhos, se via levantando da cadeira e andando, hoje oito anos depois ele só sonhava sentado na cadeira, e sonha em sonhar andando para aliviar a saudade.
derrepente o telefone toca, ele fala, fala e fala, ao desligar fala que não consegue jogar basquete muito bem porque a cadeira atrapalha, e mostrou como fazia para jogar, e jogou a bola para mim, eu peguei e joguei de volta, e ele repetiu esse movimento varias vezes, depois foi até a sexta e lançou a bola, tentou varias vezes até acertar, depois começou a fazer lances rídiculos, a bola ia pra onde não tinha nada a ver, então ele me explicou que estava tentando com o braço esquerdo, e eu vi a necessidade de se superar como pode, me deu a bola, e mandou eu jogar, tentei até que acertei, mas não de onde devia.
Esqueci de falar que o moço era casado e tinha dois filhos, e tinha que ir pegalos na escola as 9 e 30, quando deu a hora ele colocou a bola no colo e disse que já ia, perguntei se não queria minha ajuda para ir até o carro, ele aceitou, em nenhum momento me deichou empurrar a cadeira o levar a bola, quando chegou no carro sozinho entrou no seu polo sedam, e me pediu para guardar a cadeira no porta malas
e eu guardei, depois fui até a janela peguei na mão dele, e agradecí, não sei se o verei, esperei no dia seguinte, mas não apareceu.
Existem observações não citadas como os relatos de preconceitos sofridos, as dificuldades diante da sociedade que não o aceita, a satisfação dele de estar alí ao invez de ser alguem que ele ama, Francisco não se via mais um jovem de 35 anos, e sim um senhor de idade..
Peço a todos que leem para comentar, pretendo escrever mais em sima dessa limitação que tantos vivem!Obrigado!

domingo, 14 de novembro de 2010

A FESTA NO CÉU


A FESTA NO CÉU é um espetáculo de teatro infantil que une manipulação de bonecos e encenação numa lúdica adaptação do conto de Câmara Cascudo; um dos mais populares do imaginário brasileiro, conhecido e contado em todas as regiões do país, passado de geração para geração.

No nosso espetáculo Papito é um Palhaçinho que adora contar estórias para seus amiguinhos: Molequinho, Sapequinha e Danadinho. E numa dessas tardes de brincadeiras no jardim do circo ele conta e encena a estória de um sapinho esperto que insiste em entrar em uma festa do céu, de qualquer jeito.

Na recepção do TEATRO DA PRAIA, antes do espetáculo, teremos uma belezura de gibiteca com livros infantis. .

TEATRO DA PRAIA - Rua José Avelino, 662 – Praia de Iracema - Próximo ao Dragão do Mar sempre as 17;00hrs. INTEIRA R$ 10,00 MEIA R$ 5,00