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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Encontro com a cadeira e Francisco.

Em uma manhã como outra estava trabalhando com meu pai na praça do liceu vendendo tapioca e avistei um homem numa cadeira de rodas achei bonito ve-lo passear sozinho pela praça, imaginei que seu problema não fosse grave, mas a cadeira não parecia está alí de emproviso, parecia ser uma cadeira cara e definitiva com uma cor azul bem viva, odeservei de longe e lembrei da minha tia que é deficiente, me veio a lembrança de que as vezes eu me imaginava deficiente pra saber como era, meu pai me chamou e me pediu para ir comprer uma agua pra o homem de cadeira de rodas, foi a compra mais prazerosa que ja fiz naquela padaria, voltei entreguei ao o homem e ele agradeceu, logo em seguida sumiu, não vi pra qual direção ele foi.
No dia seguinte na mesma hora eu avistei o homem, e fiquei obeservando do banco o qual eu estva sentado, ele chegou, entrou na quadra de esporte com uma bola de basquete no colo, e começou a jogar na sesta de basquete sozinho, quando jogava a bola caia longe e ele tinha q ir buscar, um rapaz que ia passando pegou uma vez, mas das outras vezes ele pegava com uma abilidade de nao parar a cdeirae se abaixar, reslvi me aproximar, perguntei se ele ia querer água hoje, ele respondeu que sim, e eu fui comprar, quando voltei entrei na quadra ele perguntou se eu nao queria jogar a bola, eu disse que não conseguia, ele bebendo agua disse que era facio, de repente a conversa surgiu e não parou mais.
O jovem Francisco de 35 anos havia perdido os movimentos das pernas a 8 anos, aos 27 anos em um acidente no trabalho o qual ele preferiu não comentar, parecia doloriso demais para sair de sua boca, seu olhos brilhavam olhando pra mim e contando que nas primeiras semanas também havia perdido o movimento dos braços, e que precisava de alguem para tudo, até para sua igiene, mas com uma cirurgia recuperou os movimentos dos braços, porém era pouco para alguem que atravessava uma piscina de 50 metros por baixo d'agua sem respirar, alguem que capinava um quintal inteiro, que não tinha dia ruim prara trabalho, topava de tudo, brincava era um jovem ativo, e seu objetivo era voltar a ter seus movimentos das pernas, tentava mecher o dedão, tentava ficar em pé e caia, tentava caminhar, porém era impulsivel, mas a noite o sonho o realizava, e ele se via caminhando, correndo por onde ele ja havia passado, fazendo o que ele tanto fazia com tanta naturalidade, mas o sol sempre interropia, e só ficava a ansiedade da noite, com o tempo ele viu que não não tinha mais esperança, que os médicos falaram que tinha esperança para ele se conformar aos poucos, já não se via mais em pé nos sonhos, se via levantando da cadeira e andando, hoje oito anos depois ele só sonhava sentado na cadeira, e sonha em sonhar andando para aliviar a saudade.
derrepente o telefone toca, ele fala, fala e fala, ao desligar fala que não consegue jogar basquete muito bem porque a cadeira atrapalha, e mostrou como fazia para jogar, e jogou a bola para mim, eu peguei e joguei de volta, e ele repetiu esse movimento varias vezes, depois foi até a sexta e lançou a bola, tentou varias vezes até acertar, depois começou a fazer lances rídiculos, a bola ia pra onde não tinha nada a ver, então ele me explicou que estava tentando com o braço esquerdo, e eu vi a necessidade de se superar como pode, me deu a bola, e mandou eu jogar, tentei até que acertei, mas não de onde devia.
Esqueci de falar que o moço era casado e tinha dois filhos, e tinha que ir pegalos na escola as 9 e 30, quando deu a hora ele colocou a bola no colo e disse que já ia, perguntei se não queria minha ajuda para ir até o carro, ele aceitou, em nenhum momento me deichou empurrar a cadeira o levar a bola, quando chegou no carro sozinho entrou no seu polo sedam, e me pediu para guardar a cadeira no porta malas
e eu guardei, depois fui até a janela peguei na mão dele, e agradecí, não sei se o verei, esperei no dia seguinte, mas não apareceu.
Existem observações não citadas como os relatos de preconceitos sofridos, as dificuldades diante da sociedade que não o aceita, a satisfação dele de estar alí ao invez de ser alguem que ele ama, Francisco não se via mais um jovem de 35 anos, e sim um senhor de idade..
Peço a todos que leem para comentar, pretendo escrever mais em sima dessa limitação que tantos vivem!Obrigado!

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